O Crime e a Justiça
O Crime poderia ser um homem, pois o artigo definido que o declara é masculino e a Justiça poderia ser uma mulher, pois o artigo definido que a declara é feminino.
Infelizmente nestes últimos dias, duas pessoas que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, foram assassinadas pelos seus namorados.
Dizem as más e as boas línguas, que existem imensas mulheres que ficam excitadas por relacionarem-se com aqueles que se demonstram perigosos, pois a vida torna-se mais emocionante e, também se diz que elas acreditam que serão capazes de mudar a forma de pensar e de estar desses homens.
Pois é, o problema das emoções é mesmo esse. Quando as emoções ficam intensas, as pessoas demonstram-se descontroladas e quase sempre, ao lidarem com o problema da possessão da propriedade, resulta em homicídios, com direito a muita violência, uma mistura de murros, pontapés, tiros ou facadas.
É pena que o crime vitimize sempre a justiça e a justiça abra o caminho ao crime, para a sua total liberdade, para que o crime possa ter expressão de poder sobre ela, a justiça, que gosta de ser dominada por quem tenha o cuidado de a tratar bem.
Não é por acaso que em todos os tribunais do mundo, a justiça é representada por uma mulher.
Não é por acaso que todos os edifícios do exército espalhados pelo mundo, glorifiquem homens.
Há quem veja a realidade tal como ela é, mas também há quem negue tudo o que vê acontecer.
Teimosias de quem quer aprender, sendo que por vezes perdem essa oportunidade, pois tornam-se vitimas da realidade.
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Deixo mais um monólogo que tenta ter um estilo humorístico e que refere não só este problema, como também outros associados.
ATENÇÃO: No vídeo existe a referência aos Psicopatas, como pessoas que não sentem emoções, mas esta opinião não foi referente ao conhecimento, pois eu cá não estudo esse tipo de problemáticas da psicologia humana e como sempre, todos os meus monologos são improvisados e como tal, também digo muitas barbaridades.
Contúdo tive a curiosidade de aprofundar o meu conhecimento sobre o tema e considero necessário partilha-lo:
1. Os tribunais, com base na experiência e com base nos relatos que lhes "passaram pela mão", consideraram que os psicopatas não têm emoções, pois não demonstram arrependimento pelos crimes que fizeram, tal como descrevem os crimes que produziram de uma forma técnica, sem expressar qualquer tipo de incomodo ao descreverem as horribilidades que fizeram.
2. A maioria dos crimes passionais, referem os individuos que sofrem do inverso, isto é, os Sociópatas, que têm descontrolos comportamentais com base nas emoções. Estes sentem demais e é em prol do "ruído" emocional que sentem, que comentem crimes.
3. Naturalmente que qualquer pessoa irá considerar que um psicopata sabe comportar-se em situações onde as mulheres ou outros homens se demonstram com fragilidades emocionais, criando a sensação de uma boa disciplina comportamental, algo que é essencial para qualquer tipo de relacionamento humano. É claro que qualquer mulher poderá considerar mais atrativo um individuo que demonstra saber-se comportar em situações perigosas ou até sensíveis, dando-lhes uma maior sensação de segurança.
4. Em países mais "quentes" que têm culturas mais intensas, tal como em Portugal ou até na maioria dos países da America Latina, a sociopatia é algo comum, enquanto que em países mais "frios", onde a cultura e o humanismo quase não têm um desenvolvimento sentimental, a psicopatia é um evento natural. Ainda assim, podemos pensar em países onde as relações humanas são quase sempre bloqueadas, resultando num maior número de suicídios, por falta de uma relação puramente emocional.
5. É importante saber "dançar" entre a emoção e a racionalidade, sem perder o controlo do ponto mais importante: A Emoção. É a partir da emoção que sabemos medir o que é bom ou é mau e é a partir desses valores que deveremos tomar escolhas. Quando a emoção é demasiado forte o melhor é abstrairmo-nos dela e quando é inexistente, o melhor é afastarmo-nos.
6. As relações amorosas pedem muita partilha, compreensão, tolerância e auto-disciplina. Só assim é possível amar, pois o amor é uma dança entre o desejo e a dor, sendo que não devemos deixar o desejo dominar nem a dor nos deitar abaixo, pois caso contrário, iremos perder o controlo. Diz a voz da experiência que devemos saber escolher o momento certo para que ora a dor ora o desejo se possam libertar sem ferir a outra pessoa. Há momentos para tudo e só deveremos experiencia-los, quando temos essa permissa, caso contrário, deveremos nega-los.
E quem pensa que amar é rir sem chorar, engana-se no que está a sentir.
Nota: A marioria dos homens que têm educação militar, ou até são considerados perigosos à luz da sociedade, normalmente são gentís com as mulheres e têm imenso cuidado para não ferir susceptibilidades, sendo que o exercício militar pode ferir as susceptibilidades do militar, impedindo-lhe de ter relações naturais com outros individuos/as, pois a experiência militar pode ser demasiado intensa e violenta, resultando num possível reflexo comportamental, onde ele se irá transformar em tudo o que foram para com ele, com outras pessoas.
Eis um dos efeito da educação, que constroi o individuo a partir de tudo o que a educação demonstra para o/a individuo/a. Se o aluno for violento, possivelmente a educação que o formou era igualmente violenta.
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