Criticas, Fantasias, Humor, Desvarios e Coisas Acertadas. O Autor deste blog não tem como objectivo implicar terceiros, mas fazer terceiros pensar. Neste blog poderá encontrar, Criticas em Piedade ou Criticas sem Piedade.

Bica no Bica #1: A Falta de Profissionalismo de um Privado

Quando se paga por um serviço, espera-se que o mesmo, seja de qualidade. Quando não é de qualidade, existe sempre algo para criticar, sendo que é a partir desse momento que o alvo da crítica, pode melhorar. 

Sempre quis aprender algo mais sobre o treino de cães, não só porque gosto de animais em geral, mas porque existe uma parte do conhecimento da psicologia que tem importância realçar, para entender e explicar o comportamento dos cães, psicologia essa que também está associadas à educação e a todas as suas ramificações do conhecimento que é ensinado e que serve para guiar a partir dos sinais que o cão ou o individuo demonstra ter, como reflexo da sua aprendizagem. 

Durante anos andei à procura desta oportunidade, sendo que nunca havia curso de treino de cães, nas redondesas do Porto. Algures sem pensar muito na decisão, escolhi e apostei nessa possiblidade.  

Os manuais poderiam estar bem melhores, mas pelo que entendi até agora, os testes têm perguntas mal estruturadas e as respostas, muito áquem. Este artigo vai apresentar alguns exemplos e sugerir mudanças. Este trabalho de correção não é pago e a empresa atrás do curso, cobra e creio que não me irá pagar pela correção e pela crítica. 

Exemplos do Teste do Modulo 1 

1.1

Antes de tudo, como podem observar, as palavras não foram traduzidas para português e existem siglas que não facilitam a interpretação. No manual os desportos associados às siglas existem, mas não foram explicadas nem descritas. Parece que têm medo em serem descritivos. 

1.2

O comportamento de ficar de barriga para cima é uma demonstração de submissão. Não sendo a submissão uma demonstração de calma, mas de passividade e de desligamento da necessidade de dominação, poderemos dizer que realmente, o comportamento aqui referido como um comportamento que representa calma, não está bem definido. Mas a pergunta refere a "fase", sendo que não existe uma fase chamada "cachorro", mas "juveníl". A palavra cachorro tem má conotação, sendo que outros exemplos demonstram falta de consistencia no uso do termo, ora no manual ora nos testes. 

1.3

Aqui é uma das críticas que fiz à formadora e as suas respostas não demonstram ter dado importância à necessidade de formalizar e estruturar melhor as perguntas, isto é, atribuir um contexto. Neste caso e em todos os casos, depende do cão. Também depende se existem outros cães. Também depende se o treino está a ser feito na rua, no jardim,  em casa, num terrenos especializado para treino, se o cão já teve esse treino e se já domina os objectivos. Todas as situações dependem tanto do ambiente, que na estruturação de uma pergunta que fala do comprimento de uma trela, nem refere o contexto. Mais um exemplo que oferece total liberdade para o aluno criar o contexto e "advinhar" a resposta correcta. A obrigação de pensar no contexto é de quem elabora os exames e não do aluno. 

1.4

Especial atenção à pergunta: "Quais são as principais hipóteses". Intuitivamente poderemos pensar que a primeira hipótese deve-se à humanidade sentir necessidade de conhecer e dominar. E a segunda hipótese é a humanidade cruzar-se com um lobo e ter experiencias equilibradas, onde foi possível domestica-lo para ajuda-lo no trabalho. Repáre-se que as respostas não apontam para um princípio nem para uma hipótese, sendo que todas são válidas. O que é domesticação activa e passiva? Na perspectiva das hipóteses da primeira intuição, é uma condição inevitável. A Social e a individual também. A consciênte também e por consequência desta última, a premeditada. A "autodomesticação" é um termo demasiado automatizado e como tal, demasiado mecânico, sendo que o termo aponta para uma habituação ou repetição. 

1.5 

Uma vez mais, o contexto foi ignorado e como tal, está entregue à capacidade do aluno imaginar as possiblidades, aluno esse que irá pensar no que é capaz de imaginar, serem as melhores condições que poderão existir. Alguém me explique a diferença entre "passear" e "caminhar"

1.6

Não sei se o objectivo desta pergunta é saber se o aluno sabe pensar ou se existe algo de tão único, que as raças de cães que nascem com uma cauda curta, são considerados "anormais" e por essa razão, excluídos da normalidade dos cães. Por isso terem um "nome especial" ( como se chamam os cães ). Aqui tiveram o cuidado de traduzir o termo para português. Parabéns! 

1.7

A questão atribuí importancia à definição de explicar o que é a melhoria, sendo que a melhoria do ambiente é sempre mudar de ambiente. Também fala da activação dos orgãos sensoriais, mas as respostas são de tal modo pobres que qualquer um poderá perguntar: mas qual é a pergunta afinal de contas? Alguém me explique a diferença entre sociabilização e socialização.

1.8

Mais um exemplo, onde a pergunta oferece total liberdade de imaginar o contexto.
Primeira pergunta: "O que é portar-se mal?, O que é portar-se bem?"

1.9

Se fosse veterinário ou biólogo, poderia ser interessante saber esta informação, mas dado que até as respostas não são descritivas quanto ao valor variavel da detecção, nem merece uma resposta. O limiar varia entre 4º e 8º ( lugar? ) :D 

Mais perguntas que são irrelevantes para o treinador. Podem ser curiosidades da especificidade, mas a resposta que aqui está como "errada", também está certa. Pode não ser a "mais correcta", mas deveria ser válida. 

Exemplos do Teste do Módulo 2 

1.1

Inundação: no diccionário da língua portuguesa, refere situações onde a água ultrapassou os limites. Exemplos que usam este termo nos testes são imensos, tanto no módulo 1 como no módulo 2, mas a resposta da formadora à dúvida, foi da seguinte maneira: "O termo inundação usa-se em alguma bibliografia (Comentário: "termo usado no português do Brasil") e faz referência à técnica da Imersão, que tem como função,  a exposição do cão a um medo de forma direta". 


Em vez de usarem o termo imersão, termo esse que aparece no manual, substituiram a palavra correcta por um termo usado no português do Brasil, e que me criou incómodo e delírios, sendo que passei mais do que um dia à procura compulsivamente de outros exemplos e não encontrei, pois em português de Portugal a palavra inundação, não tem outro significado, além de apontar para um excesso de água e como tal, poderiamos perguntar se o objectivo é afogar o cão. 

Entretanto estive a pensar nesta problemática do Tempo e da História e penso que merece um comentário, ou talvez uma nova publicação. Ou talvez nem isso precise, sabendo que já existe a referência a esse "problema" que é resolvido com a aceitação da evolução linguística entre paises que "falam" a mesma língua, mas usam termos diferentes e associações de significado, também diferentes. Talvez não, a Nubika é um clinica veterinária Española. 

"Me poderia sentir en casa, pero desde temprano que tube de lidar con el problema de la lengua, entre estes dos paises que cumplen una gran história en los últimos siglos. Por eso, la vivencia territorial gana en su derecho de pedir y enfadarse con los pocos recursos linguísticos deste curso  de entrenamiento de perros." 

Comentário feito horas depois da publicação já ter sido publicada, mas serve o propósito da explicação. 

1.2

Antes de tudo, repare-se na pergunta: "como são a maioria das raças..." Até parece que existe uma característica comportamental que os destingue dos outros, sabendo que os outros também sofrem da separação. Todos os sites que encontrei informação sobre esta questão, dizem que o grupo de cães que mais sofre da separação, são os cães de companhia. Neste caso as respostas possíveis não incluem esse grupo de cães. :D 

1.3

Pergunta que se repete no modulo 1, sendo que existem várias perguntas que se repetem nos diferentes modulos. 
1.4

O comportamento será o ataque ou a atitude agressiva, sendo que a luta não é um comportamento, mas o efeito e o resultado dos comportamentos dos seres vivos que competem. Seria como dizer que um cão que não come, está a "passar fome", sendo que os cães não passam fome por vontade, mas recusam comer e ao recusar comer, irão passar fome, mas a fome não é um comportamento, mas o resultado do comportamento da recusa de alimento. Ainda assim, existe um termo usado à recusa de alimentos com o nome de "NeoFobia". Por vezes sinto necessidade de ser ofensivo e perguntar a quem formalizou estas perguntas, se quer que eu lhe pague um jantar que só tem comida de cão. Caso não coma a comida que é para cão e que também pode ser digerida por pessoas, deverei considerar que a pessoa sofre de uma fobia. ( se isto não é para rir, o melhor é não chorar ) 

1.5

Mais um problema de "qual a resposta mais correcta", sendo que a que está assinalada como incorrecta, não está incorrecta, só não é a mais correcta. Sem o contexto, uma vez mais, temos a total liberdade de imaginar qual será o contexto que a pessoa que formalizou a pergunta, estaria a pensar. Será que falavam de um cão que estava habituado a sair à rua para defecar? Será que era um cão que não foi ensinado a fazer as suas necessidades fora de casa? Será que estava fechado em casa demasiado tempo? É como acertar no euro-milhões. Não está em causa o aluno saber ou não saber, mas sim ter sorte ou não ter. 

Os exemplos são recorrentes e gritantes. Os vídeos que demonstram exemplos de como treinar um cão, estão em Espanhol. Não tenho um problema em entender Castellano, mas sim um problema de localização linguística, isto é, teria sentido que os vídeos fossem de um treinador que fala espanhol caso estivesse em Espanha. Teria sentido as palavras estarem em Inglês, caso estivesse num país onde originalmente falam Inglês. 

O curso em questão ainda "oferece" um curso de Inglês e outro de organização de dados para fins de estudo. Creio que as pessoas que compõe o curso e o estruturam, deveriam tirar o curso de organização da informação, para melhorarem as suas aptidões de estudo e saberem estruturar as perguntas e respostas de forma correcta, como também aprenderem inglês, para saberem traduzir os termos usados em inglês, para português. 

Por vezes fico na dúvida se estou a fazer um curso de treinador de cães, de veterinário, de biologia, de neurociência ou psicologia, mas o certo é que estou desagradado com o meu investimento e o pior de tudo é que a falta de vontade de melhorarem os aspectos do curso que mais poderão confundir os alunos, será em vão, pois na verdade  desde que comecei a enviar mensagens para melhorarem os conteúdos, nada mudou. Minto, adicionaram legendas aos vídeos que estão em Espanhol. 

Será que não existe um único treinador em Portugal que possa fazer uns vídeos de graça para uma empresa privada que cobra por oferecer um produto de má qualidade? Entendo perfeitamente que uma empresa que não dá importância à qualidade dos seus produtos, não queira pagar para melhorarem o conteúdo que fazem. 

No dia segunte à partilha desta publicação, recebi um email a dizer que "a equipa irá fazer a revisão das perguntas em questão, mas que isso irá demorar imenso tempo". Desconfio, diz a minha intuição, que haja uma equipa, mas devem sobrecarregar a única pessoa que está a definir o curso, isto é, a formadora.  

Afinal de contas, só existe uma única formadora que me admitiu ter traduzido quase tudo do Espanhol para Português, sabendo que entre quase todas as empresas privadas do mundo de qualquer produto ou serviço do mundo, raramente dão importância à qualidade. A formadora pode saber imenso, mas ela não é um Deus e por isso irá falhar imenso. 

Já que não me pagam por tentar melhorar o conteúdo que apresentam, pois esse serviço é pago até por quem escreve um livro, pelo menos irei falar mal deles (serviço) sem falar mal de alguém em concreto. 

Para a correção de um livro, a versão original será revista por várias pessoas que não se conhecem mutuamente antes do mesmo ser publicado, mas para este curso duvido que haja várias pessoas para fazer esse serviço, pois também duvido que queiram pagar a alguém para melhorarem o serviço. 

Como gosto de pensar, tudo pode melhorar, desde que haja essa intenção. Eu cá já paguei e já não posso pedir o dinheiro de volta, sendo que é do meu interesse fazer o curso, tento ser crítico do mesmo para que possa melhorar no tempo. Este tipo de contribuições gratuitas, não são valorizadas pelas empresas privadas, desde a Microsoft até à Cisco, Nubika e outra qualquer. Contúdo, pagam "umas vezes bem e outras, muito mal" a quem terá de fazer tudo. A melhoria dos conteúdos em todas as áreas do mundo, precisam de várias análises que sejam críticas e, que apontem para todas as questões que podem melhorar o produto em causa. 

É como a minha necessidade de criticar o comportamento das forças policiais nas redes sociais. Eu não sou polícia, nem líder de algum grupo que representa Portugal, mas sinto a necessidade de "educar" sem punir. Aquele problemazinho associado à história da humanidade, e que está relacionada inteiramente com as religiões e com a justiça. Existem polícias sensíveis aos problemas dos outros e existem os insensíveis, sendo que serão estes que irão potencialmente, violentar alguém aleatoriamente, ou até violentar em prol de uma ordem, isto é, sem questionar, sendo que para essa função, já existem os cães. 

O cão treinado para atacar, não irá negar atacar, quando existe a "palavra de ordem". Algo também bastante comum nas máquinas e/ou nos computadores, que são emulações de cérebros, que também funcionam com base numa condição comum, isto é, a electricidade. Na China e no Japão, tratados originalmente como "Chi" na India como "Prana" na Alemanha "odicforce". 

Todos os nomes apontam para a mesma condição: "electricidade", conteúdo que permite que todos possamos ouvir, sentir e ver os outros enquanto vivos e que também permite que os músculos tenha actividade e os pensamentos se produzam. 

Todos os seres vivos, são à luz da racionalidade, serem que têm expressões de vida e como tal, movem-se ou expressam-se com sons ou movimentos por vontade própria. Já se diz popularmente que "quem não tem vontade própria, ou está morto ou ainda não sabe disso". A morte é uma condição inevitável, mas depois de todos os seres vivos morrerem, deixam de ter expressões de vida por vontade própria. 

Só quem não sabe, pode errar. Por isso, permito-me a errar

Comentários