Solução Judicial

Dizem que existe uma solução para todos os problemas. Talvez a maioria dos leitores e leitoras,  recordam-se do Calvin, que teve de escrever a mesma frase correctamente cem vezes, de forma a interiorizar a forma correcta de como se escreve e a partir desse momento, deixar de errar. 

Ora, neste artigo, o autor irá tentar imaginar que tipo de "crimes" poderiam ser tratados da mesma forma, salvo os crimes passionais, que infelizmente não deverá ser possível simular uma situação semelhante, para testar a paciencia do agressor e treina-lo a partir dessa simulação, pois para esse fim, seria necessário que o agressor desenvolvesse o mesmo sentimento, para que no momento de negação de participação ou confrontação da sua vontade, uma situação semelhante àquela que o despertou para ser violento, acontecesse.

Talvez o uso destas técnicas sejam consideradas à luz do organismo judicial como primitivas, mas como o autor deste blog auto-afirma-se como sendo um Macaco, é natural que assim sejam.  

Exemplos Simples 

1. Crime: Roubo de um qualquer valor numa loja pública ou privada.
1.1. Solução: Trabalhar na loja do evento sem ganhar nada até pagar o valor do objecto roubado. Naturalmente a pessoa teria de ser revistada todos os dias, para garantir que não repetia o mesmo evento, sabendo que caso o mesmo acontecesse novamente, o número de horas duplicava por cada vez que errava.  

2. Crime: Insultos e agressão por falta de auto-disciplina.
2.1. Solução: Ser alvo de insultos e provocações sem poder reagir. No exército essa técnica era usada para testar a paciência dos soldados. Tendo em conta que essa técnica passou a ser considerada má à luz da Lei, ela só poderia ser usada para garantir que alguém era capaz de lidar com provocações sem agredir alguém. Afinal, as palavras não mudam a realidade mas potencia a imaginação de quem tem capacidade de usar o cérebro, pois é a partir dessa técnica que se educam crianças e se cria histórias de fantasia. Por cada má reação, o número de horas duplica, como também o número de insultos e provocações. Por isso o melhor é sorrir e agradecer, sempre que for alvo de insultos. 

3. Crime: Acusação falsa.
3.1. Solução: A pessoa tem de lidar com situações onde terá de analisar o que é falso ou verdadeiro e por cada vez que erra, o número de situações que tem de analisar duplica. Também poderiamos imaginar que alguém que acusou mais alguém de ter feito algo que não fez, passasse pela mesma experiência, com a certeza que havia sempre uma consequência somente contra ela. Por isso o melhor é aceitar e concordar com tudo o que não fez.

4. Crime: Roubo de objecto em casa privada.
4.1. Solução: A pessoa que produziu o roubo, terá de trabalhar para o proprietário da casa, havendo um constante controlo de todos os seus movimentos, durante o periodo que é necessário para pagar o valor do objecto roubado, mesmo que o objecto tenha sido devolvido pelas autoridades. Uma vez mais, por cada tentativa de desvio indevido, o número de horas duplica, sem ter direito a um ganho, seja alimentar seja económico. Por isso, o melhor é não errar, senão irá passar fome.

Sobre os Crimes Passionais 

Um dia destes, tive a oportunidade de desenvolver uma conversa com duas pessoas que partilharam uma Petição Pública, com o intuíto de impedir que os crimes passionais acontecessem e com a necessidade de prender o agressor, antes de um possível crime acontecer. Sabendo que é difícil parar esses eventos, sem que a vitima fuja da situação, talvez não fosse má ideia, haver condições de alojamento, para as pessoas que fossem capazes de provar que foram vitimas de violência doméstica, protegendo-as de uma possível repetição que pode acabar mal. 

Assim sendo, irei partilhar a conversa desenvolvida num grupo do Facebook, sendo que a petição em causa, sugeria prender a pessoa que foi acusada, até que se provasse o contrário, sendo que essa acusação é considerada um crime.  

Autora da publicação -  Partilha da Petição Pública

Macaco - Bom, realmente poderia-se pedir aos administradores do grupo, para usarem aquela funcionalidade em que notifica todas as pessoas do grupo ( que são bastantes ) para todos lerem. Contúdo estive a ler e dado a última frase: "em caso de inocencia deverá ser restituído financeiramente pelo Estado ,pelo tempo da medida e uma indemnização por parte do denunciante ", tenho de dizer que nem o estado quer isso. Primeiro porque não quer pagar pelo mal que faz. Segundo porque depois de uma denuncia contra um inocente, irá ter como consequência um crime feito pelo denunciante. ( existem toneladas de processos de pessoas que julgam outras pessoas por "calúnias", e denunciar uma pessoa inocente é uma calúnia ) .. na verdade representa um crime.. Por isso, tenho muita pena mas terá de pensar melhor na petição. 

Autora da publicação - Vou ler. Mas a petição foi feita com o intuito de evitar mortes ou tipos tipos de violência que embora não mate logo, mata lentamente ou adoece gravemente. Amiga: a propósito do crime de calúnia, não o fazem os agressores para perpetuar a violência usando o próprio tribunal, manipulando protelando processos e aos de maior poder de influência para arquivar processos em fase de investigação de outros crimes?

Macaco - o evitar está no saber escolher e no saber negociar e no saber sair. A violência sempre existiu e as notícias não metem, além de que se sabe que a maioria dos homens teve educações violentas e a história também não mente nesse aspecto tão militarizado. Sobre a calúnia, mesmo havendo esses casos que são considerados "crimes" à luz da lei, a meu ver, são simplesmente experiẽncia criadas por nós próprios ao ouvir sons que podem estar associados aos tons vocais e a tudo o mais que seja reação da relação entre dois seres que mesmo estando a falar com o outro, também estão a falar com sigo mesmos. Agora.. o estúpido é andarem a encriminar pessoas por causa do efeito que a capacidade de pensar e processar a informação que se está a experienciar, tenha a possibilidade de ... extrapular.

Amiga - o estado não quer, mas nós também não queremos agressores à solta a acabar com a vida dos outros. O que esta medida pretende é mesmo agilizar os processos e salvar vidas. Uma revisão da Constituição, o que quiserem, mais m@rtes não.

Macaco - Repare-se, não está em causa a Constituição, mas sim a escolha de quem deve saber sair quando não está em segurança. A medida documental não salva nada. A lei existe e os eventos que a violam acontecem desde sempre com alguma regularidade. O que deveria haver era condições de educação que não promovam a violencia nem a competição, mas lá está, saber escolher qual a pessoa com quem queremos estar, faz parte de um desenvolvimento do conhecimento pessoal, sabendo que, como diz ali no primeiro artigo que respondi, sobre os seres racionais e irracionais, saber educar os problemas da possessão da propriedade, será o primeiro passo a resolver. É que nas relações amorosas, o conceito de propriedade está quase sempre implicito, infelizmente para ambos os lados e como tal, resulta em atitudes agressivas ou violentas por ambas as partes e a escalada desse sentimento de "quem possui a verdade", sabendo que até entre crianças o evento é comum. Se o problema não é dinheiro, saiam do local onde vivem e ide para outro lugar em silêncio é a sugestão que posso dar. O facto de haver uma única frase mal escrita e mal pensada que tem o intuíto de mudar a constituição, é logo á partida, posta de lado, antes de tudo, porque trás em si, um possível crime. ( a denuncia de alguém que pode ser inocente ) .... Cristo foi Cruxificado e não fez mal a alguém. ( mas houve uma denuncia dos seus pensamentos que eram contra o que Roma pensava na altura ) -> Isso é injusto e por isso, durante os últimos séculos, considerou-se que a denuncia de pessoas inocentes é um crime. Curiosamente no ultimo artigo que escrevi, refere os problemas aqui assinalados ( crimes passionais ) como um problema que a polícia não sabe como resolver. Mas esse é só um deles. A lei não impede nada, pois a lei só pode ter ação depois dos eventos acontecerem, mas pior do que tudo, é imaginar que por vezes a lei não é suficientemente sensível para entender o erro que faz, pois não questiona ( polícia no seu pior ).

Amiga - resumidamente, na sua perspectiva a culpa é da vítima. Sem dúvida que a prevenção,educação e sensibilização são fundamentais, mas a violência sobre o outro não se trata só de escolhas, acontece a qualquer um em qualquer circunstância. Após acontecer, deve haver o devido apoio e é nesse sentido que existe mais esta acção e petição. Continuo a dizer, é preferível o Estado e nós todos contribuirmos para a restituição de algum tempo que uma pessoa esteve detida e vem a verificar-se inocente, do que ter m@rtes e outras situações violentas com desde crianças até idosos. A vida ainda é mais importante, o foco é e será , o que se faz para manter estas vítimas/sobreviventes vivas, seja mulheres, homens, sejam quem forem. A justiça demora meses e anos como deve saber, resultante disso, há pessoas desprotegidas que deixam de viver. A preventiva é assim tão descabida? Não me parece. Gasta-se muito mais dinheiro a reparar danos causados pela violência e resultados aí advindos, sejam com apoios financeiros, seja com psicólogos e outros profissionais. Extendem-se à vítima e filhos os danos por anos. Sai mais barato resolver na base do problema.

Macaco - A Culpa é da vítima a partir do momento que a vítima continua a alimentar uma relação em que está em perigo. Se a vítima fosse um soldado em guerra, compreenderia a sua resistencia, mas como não é, não compreendo. A lei não previne nada. Se leu o artigo "entre racionais e irracionais" repara que diz lá: "durante séculos por influência dos valores da Igreja Católica, as mulheres depois de casadas, tornavam-se propriedade dos seus parceiros, o que dava o direito aos seus parceiros em violenta-las sem que isso fosse considerado um crime" ( E A LEI tinha isso escrito.. além de que os POLICIAS concordavam com o que estava lá escrito sem questionar ) ... Por isso, se não é soldado que vive num estado de guerra onde não tem possibilidade de fugir, faça o favor de tentar, pois a lei não irá impedir que possam ser vitimas de uma memória da história que a maioria dos homens e mulheres sentem, tal como todos os animais IRRACIONAIS sentem.

Amiga - em relação à referência a Jesus: Sensibilização e prevenção foi o que andou Jesus a fazer antes de ser crucificado, isso não impediu que os outros agissem assim. Ele ficou com aquelas pessoas, gostava delas e pensava que gostavam dele, foi traído. Ainda assim, aquela gente toda a vê-lo a ser pregado e levantado numa cruz, podiam ter-se unido e impedido. Prender quem estava a causar o mal e não a ele. Faria diferença não era? É o que se pretende, como está, não funciona.

Macaco - Não vale a pena "deter pessoas que podem estar inocentes" porque isso representa um crime. A Justiça já usa as ferramentas que os criminosos usam. Estar a sugerir que a justiça faça mais crimes, além dos crimes que é obrigada a fazer para cumprir justiça, é absurdo. Eu entendo o vossa lado e por isso dei-vos a melhor das soluções. Mas se o problema está na "possessão de propriedades", nem a justiça nem ninguém sabe lidar com isso. Olhe eu também passei por experiencias onde eu fui a vitima e não gastei um único tostão em resolver o que o meu cérebro sabe resolver sem ajuda. Há quem faça pintura, música, escrita, desporto, etc... as alternativas para resolver esse problema foram sempre gratuitas. Lá está, o organismo estatal não quer saber e por isso não informa às vítimas, o que fazer e se o faz, as vitimas consideram não saber "ler" ( eu sugeri que a vitima saia e você considerou dizer que eu considero que a vitima é a culpada ) .. é a culpada de ficar quando pode sair.. não é a culpada do parceiro a atacar. Quando envolve crianças o problema torna-se ainda mais complicado aos olhos da justiça.. A sugestão é que fuja com a criança, mas no processo de fugida, informe as autoridades, pois caso contrário a justiça que não quer saber das injustiças que faz, irá cumpabiliza-la de rapto.

Autora da publicação - a justiça não funciona e isso por si só tbm é crime. Pois tem de assegurar a vida, segurança e a liberdade do cidadão. Esses direitos são assegurados? NAO. Se não pagar impostos é penhorado e vai preso (se for Pobre). Se tentar perseguir, e tentar matar ou violar ... á pois! Dois pesos e duas medidas.

Amiga - envolve muito mais do que pessoas que possam sair e fugir, envolve que também esteja capaz e acompanhada para todas as eventualidades. Quem deve sair é o agressor e não a vítima, a menos que esta pretenda.

Macaco - Mas não pense que as pessoas que cumprem e representam a justiça, questonam a justiça. A Justiça como diz no último artigo que partilhei, deveria ser a continuidade do processo educativo que a educação tem para com as crianças. Sendo que não se esforça em guiar melhores escolhas, pode-se considerar que é uma Justiça impiedosa, pois está a borrifar-se para quem pode ser vítima da mesma. Os meus direitos acontecem quando os deveres dos outros são produzidos, caso contrário não tenho direitos. A lei portuguesa também tem várias medidas.. se tentar mas não finalizar a morte de alguém, fica em prisão preventiva e se matar, vai preso "uns dias". Salvo quando são homicidios racionalizados ( e não emotivos -> passionais ) é que o preso fica "uns anos" ( mas que também não é assim tanto.. 25 no máximo ) Se ler "literatura criminal" irá reparar que existem tantos casos onde a justiça falhou redondamente, que continuo a insistir ( a justiça não questiona ) e quem não questiona faz ações sem pensar na consequência delas. Mas lembre-se que o "Crime" é "Crime" dependendo de quem o produz e nem sempre pelo acto em si. Hoje em dia o dinheiro é tão ou mais importante do que o resto e por isso, é mais fácil alguém ser preso por não pagar do que por matar.

Autora da publicação - eu acabava esta conversa num instante. Dizendo a verdade. Mas infelizmente a liberdade de expressão tbm sofre retaliações, continuamos a viver numa ditadura machista.

Amiga - o sr esteve capaz e com estrutura para isso, não sabendo eu nada em concreto da situação, mas há muitas pessoas que ao longo do abuso perdem essa estrutura, para além da rede de apoio devido ao isolamento. O ciclo de abuso implica muita coisa. Era bom que fosse só sair. Mas lá está, é preciso entender os vários subtemas da violência doméstica, é preciso mais formação.

Macaco - Não há dúvida que se vive nesse estado de machismo, princípios esses que continuam bem enraizados na constituição, salvo que nos últimos 20 anos ( só ) tenha mudado para melhor. Mas pronto.. como sabe, as leis feitas por Roma ainda são usadas nos dias de hoje, sendo que essas leis já foram ultrapassadas e ninguém as melhorou nem as adaptou aos tempos da actualidade, daqui a 20 séculos a justiça poderá ficar melhor.. Como disse ali em cima, se a Lei e a Igreja Católica considera que um homem pode espancar as suas parceiras sem ser considerado um criminoso, é natural que o mundo da Lei e das Religiões ( principalmente essas ) continua altamente machista!! Concordo perfeitamente consigo! Agora.. como alterar isso?

Autora da publicação - isto acontece pela falta de civismo e formação pessoal. Que se veja os programas de maior audiência...."cuscar vida alheia". Mais depressa reconhecem e acompanham a vida de alguém que participa num reality show, que um escritor! Mais depressa correm para a praia, que exercem o direto de voto! Sabe as galinhas no aviário? Quando são apanhadas para matar, dão-lhes comida antes, para serem mais fácil de apanhar. Pois a preocupação delas é comer, enquanto no grupo vão sendo retiradas uma, a uma e levadas para a morte. As restantes assistem e nada fazem, achando que é vantagem e talvez se safem...ficam caladas e aderem ao sistema do matador. Mas acabaram todas com o mesmo fim. Aderindo ou não ao sistema. Não é uma questão de escolha mas de mudança. "Quando alguém rouba a vinha, o fulano que fica á espreita, não é menos ladrão. Só não suja as mãos porque usou o outro!"

Macaco - Com muita pena minha a "passividade" dos "bons" não irá impedir a "actividade" dos "maus" e por consequência, os maus irão ganhar... uma vez mais, na história mundial. Agora só falta saber quem é que vai ser o próximo Imperador Mundial. 

Autora da publicação - somos um país cheioS de treinadores de bancada. 

Macaco - isso poderia não representar um problema, pois sabe-se que quando mais do que uma pessoa pensa no problema, mais soluções se adquirem. Mas os treinadores que estão em campo, ignoram as visões de quem está na bancada e como tal, todo o esforço dos treinadores de bancada é em vão. ( Eis o problema das Ditaduras e das Democracias Representativas, isto é, Democracias falsas )