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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Elogio aos que se dedicam à Fé

Para quem alguma vez tenha seguido os meus monólogos no Youtube, saberá que sou um crítico quase compulsivo da Igreja como conteúdo de ensino que nem sempre ensina e nem sempre sabe lidar com tudo o que quer ensinar. Hoje pela manhã, fui até ao Facebook e vi uma nota partilhada do Mamadou Ba relativa a um senhor chamado "Desmond Tuto", que foi um bispo católico africano e que morreu no passado dia 26 do presente mês. 

Sempre fui bastante crítico dos eventos que acontecem no meio religioso, mas raramente faço críticas às pessoas, sendo que nunca gostei de passar a minha vida atento à vida alheia e por isso, não tenho como hábito saber em detalhe o que é que mais alguém faz ou deixa de fazer. 

Mas existe algo que me motiva a escrever este artigo, que tem relação com a India e com as culturas religiosas Hindus, tentando ir ao encontro do que as une e não o que as separa. 

Na India, actualmente existe um grupo radical Hindu que está a atacar as missionárias por festejarem o Natal, missionárias estas que são do grupo que dão continuidade a tudo o que a Madre Teresa de Calcutá, fez e prestou culto desde muito cedo. ( a ajuda ao próximo ) - Como sempre disse, o Hinduismo foi a única religião do mundo que adaptou outras religiões em si própria, mas tal como tudo nesta vida, há sempre aquele grupo que depende tão intensamente do conteúdo religioso que sente necessidade de criar guerras desnecessárias, implicando os restantes que nada têm a ver com aquela pequena minoria. 

A religião católica é atacada por várias razões, mas será bom pensar que no meio de tantas religiões, terá sido das poucas que nos últimos séculos, terá melhorado a sua forma de estar e pensar, de tal modo, que se sentiu obrigada a mudar os textos originais da religião que prestam culto. Uma tentativa de se adaptarem à realidade que não controlam e que nem sempre querem controlar. 

Mesmo que o Cristo se tenha tornado Heroi por demonstrar que a liberdade de se expressar merece ser vivida, ele que teve essa liberdade, foi vitimizado por ser livre de pensamento. É uma boa lição caso se pense deste modo, mas eu cá preferia que o cristianismo lembrasse o Cristo ainda vivo e não como um corpo morto, mutilado e cruxificado. 

Lembra-me sempre aqueles momentos em que visitamos a casa de uma senhora com uma certa idade e que nos fala com uma certa alegria sobre os corpos que já a deixaram e que faziam parte da sua vida, sendo que só o corpo de Cristo é amado nesse estado, pois caso o resto dos familiares fossem amados nesse mesmo estado ( multilados ) teria de considerar que a senhora tinha uma perturbação mental. 

É essa uma das maiores críticas que faço à Igreja, salvo também falar mal do pecado original e de certos conteúdos que são importantes pensar e que não são importantes julgar, senão entender o resultado dos mesmos, tais como os abusos de crianças, em prol da tentação não assumida que os levou a produzir memórias que devem ser esquecidas e que não servem para oferecer nem cultivar, pois despertam o que há de mais feio no ser humano, por razões que são tão simples e naturais aceitar, que seja formiga, mosca, cão, gato, leão, elefante, cavalo marinho, aceitam. A sua condição sexual que é mais do que um instrumento de reprodução e ao mesmo tempo, é o quanto vasta, que permite que haja a continuidade de tudo o que conhecemos. Já existe conhecimento suficiente.

A maioria destes pequenos grupos religiosas, associadas aos missionários e missionárias, passam a vida dedicadas à condição de fragilidade de outras pessoas, sendo que é nesse processo de ajuda que aproveitam a passar a mensagem da sua religião, sendo este estilo, o lado criticado como reflexo do povo Indigena que se pronuncia sobre o caso. Pederam memórias das origens culturais por interferência de uma cultura religiosa, quando se encontravam num estado de fragilidade constante, pois foram escravos. 

É normal que alguém tente expandir o conteúdo que ama a todas as pessoas que está a ajudar, mas isso é a pessoa singular e não propriamente a instituição religiosa que a pessoa se entregou. 

Por isto é táo importante separar as águas. As missionárias na sua maioria dedicaram as suas vidas a ajudar o próximo. A missa não estava em causa, a crença dos outros também não, nem a sua condição social ou política. Repetindo-me, quero lembrar que faço críticas bem fortes à religião mas não ignoro o seu potencial nem os seus esforços para se adaptarem e corrigirem o que poderá haver de mal em tudo o que fazem. É esse o lado mais belo de todas as religiões: as revelações.  

A Igreja sempre teve um papel Hibrido na sua função de expansão como organismo religioso. São os únicos membros que normalmente fazem frente ao lado que produz o "mal" como também são respeitados quanto à sua função de ajuda humanitária e por isso, raramente sáo alvos de quem caminha armado e faz vítimas mortais com as suas armas. 

Em Africa, séculos atrás quando foram colonizados, a Igreja penetrou as culturas e sub-culturas que foram exploradas pelos colonizadores, tentando oferecer uma certa estabilidade social, de forma a ajudarem as pessoas fragilizadas a lidar com o assunto e, sabemos que ler um livro que tem 20 séculos de história e, que já está ultrapassado, não é a leitura desse livro que nos irá ajuda a resolver o problema, mas poderá ajudarnos a lidarmos melhor com o problema, sendo que a posição de solução da maioria das religiões é passiva e por isso, o seu papel é facilmente alvo de críticas. 

É como imaginar que aparece um grupo de polícias lá na casa do vizinho e levam um padre com eles. O padre não irá nem ajudar a polícia nem ajudar a pessoa que será presa pela polícia, mas dado que o preso não pode fazer nada contra a polícia, em último caso poderá aceitar ouvir e\ou ler o conteúdo que o padre quer partilhar, de forma a sentir uma espécie de apoio e companhia. É como imaginar aquela imagem onde aparece um Anjo bom e outro mau, sendo que andam sempre juntos e só o mau decide o futuro das outras pessoas, o bom tenta fazer que esse futuro não seja tão sofredor, sendo que limita-se a isso e por isso, raramente deixa boas memórias, mas senão na comparação do que foi realmente mau.

Na America, a Igreja teve uma grande expansão e apareceram representantes da mesma que tiveram impacto social e político. Luther King é um dos vários nomes, de pessoas que se dedicaram à religião e que tiveram uma posição social e política que focava a liberdade dos outros e a não discriminação dos mesmos, sendo que este último, foi assassinado por ter conseguido mobilizar um continente inteiro e como tal, por ter criado uma mudança social e política na forma como a justiça lida com os vários grupos sociais que têm de lidar. 

Não obstante de não ter resolvido o problema principal associado ao Racismo e\ou à discriminação social, motivou centenas ou milhares a continuar a lutar pelos seus direitos. 

É triste pensar que no meio de milhares e\ou de milhões só um ou dois tenham tido a "força" de fazer frente a todos os organismos, ora militares ou político, ora comerciais e económicos que existem. É triste porque o número é de tal modo ridículo que até parece que o resto da população não leva a lição muito a sério, sendo que há sempre um lado feliz, o de saber que no meio de tantos crentes existem uns poucos que sublinham a importância dos valores que defendem e não propriamente os valores da religião. 

O Papa actual tem sido um revolucionário e a revolução que foca a evolução sempre foi a melhor canção. Contra todos os conservadores da Igreja, o papa Francisco tem declarado mudanças importantes. 

Outros casos apareceram na história, mas são tão poucos que facilmente acabam no esquecimento. 

Deverão aceitar as minhas oferendas para se livrarem da minha licença eterna!

domingo, 26 de dezembro de 2021

Em relação à Neutralidade


É uma frase bem popular, aquela que diz que a neutralidade é por si só a escolha do opressor. 

Mas esta afirmação é pouco pensada. A maioria das religiões e\ou grupos espirituais, abraçaram a neutralidade, no aspecto de quem escolhe algo para si próprio, pois as nossas escolhas para com os outros, depende dos outros e não da nossa vontade e\ou no nosso desejo delas escolherem ou não alguma coisa na realidade que seja de acordo com tudo o que acreditamos ser como o melhor para os outros, sendo que há mais de 20 séculos, existe um comportamento social que vai ao encontro da objectividade da subjectividade, via o verbo que a pronuncia, que como bem apredemos nesta vida, pode mudar a qualquer momento, sendo que até no silêncio o que está em causa não é o que foi pronunciado mas o que foi produzido. 

" We are not what we say, but what we do" 

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Ainda existe um lado bem marcado na neutralidade, que é a falta de experiência e\ou falta de conhecimento relativamente ao assunto em causa, ou quiça seja um assunto que nunca mereceu atenção e como tal, não desenvolveu uma conclusão.

É bom pensar nisto, pois quem fica na neutralidade tem uma opinião que normalmente se foca ora na crítica das partes que sentem necessidade de rivalizar, ora até demonstra estar focada noutro assunto qualquer que não tem relação, mas que perante o "nível" de atenção, poderia criar a mesma problemática, sendo que na relação de duas partes que se contradizem, nenhuma delas necessitaria da competição e\ou da confrontação, pois cada uma delas pode produzir o que deseja para si própria, sem haver necessidade de impor o que quer para si, aos outros. 

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Naturalmente que na associação dos direitos à liberdade de expressão e de pensamento, considera-se que alguém tenha desenvolvido uma opinião, ora a favor ora contra, sabendo que os que estão sob pressão, não querem ser vitimizados por terem tido a liberdade de se expressarem para com os outros, pois uma vez mais, mesmo que se expressem somente para si, podem chegar aos outros, sendo que mais do que oferecer uma opinião, o que é bom, está na estrutura conjunta de acção. 

As pessoas que abraçaram a neutralidade, não escolheram um lado, pois o que está em causa na maioria dos casos, é a mudança comportamental perante um qualquer assunto e não, qual dos lados tem ou não razão, salvo quando o objectivo é a competição. 

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Até na democracia existe esse lado competitivo, que foca primeiramente os resultados estatísticos de quem foi o eleito e depois do eleito ser escolhido, a liberdade de acção que o eleito tem perante todos os que, ora a favor ora contra, se expressaram., sendo que a Democracia tem um objectivo mais justo, pois cada um, junta-se ao grupo que tem afinidade, sem precisar de se confrontar com os grupos que não tem afinidade. 

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Primeira Analogia: Na consideração de confrontarmo-nos com um Leão, será errado considerar que ora quem fugiu ou quem não se mexeu, é a favor do Leão que atacou os que lutaram contra o Leão, mas também será bom lembrar que só quem combateu o Leão merece ser lembrado por ter tentado oferecer estabilidade ao grupo de pessoas que queria viver em paz sem passar a vida atenta aos passos do Leão. 

Segunda Analogia: Nesta vida, quando olhamos o Mar, gostemos ou não do Mar, não existe nem maldade nem bondade associada a sua expressão natural. Se o Mar atacar e destruir algo que gostamos, é fácil qualquer um associar maldade ao Mar e caso o Mar fique extremamente calmo, associa-se bondade e tranquilidade. Mais do que combater o Mar, é preciso saber lidar com o mesmo, para que em dias de agitação e\ou em dias de serenidade, o Mar possa ser ele mesmo, sem ser alvo de negação ou até de afirmação, relativa à moralidade das suas acções, que podem "tropessar" em tudo o que gostamos de cuidar. 

Mais do que combater o mal, é saber lidar com o mal, sem que o "mal" se sinta ameaçado, pois somente nesse momento é que o mesmo nos deixa em paz. O sábio diz-nos que o melhor é ignorar, ou então concordar. É esse o papel dos Barcos como ferramentas que lidam com algo que pode ser bom ou mau, de acordo com a nossa posição. 

Nota de Lembrança: Os Hippies tinham duas opções na altura que cresceram como comunidade. A primeira era obdecer e colaborar. A segunda era negar obdecer e não colaborar. Ainda havia uma terceira que focava a técnica que todas as pessoas contra a sua expressão, tinham para com elas ( o combate ). Os Hippies eram pacifistas ( uma maioria ) e como tal, fugiram e não combateram. Passado quase 60 anos do seu aparecimento, ainda existem várias comunidades Hippies pelo mundo fora, pois a melhor escolha que tiveram foi oferecer uma espécie de neutralidade, quanto à sua necessidade de se auto-afirmarem. Fugiram, negaram combater fisicamente para demonstrar a sua opinião. Resultando assim, em serem eles o que quiseram ser, continuaram a ser sem necessidade de explicação, pois não lutaram em prol da expressão da razão, mas pela razão em si, que tinha valor de expressão a quem se unia à mesma "canção". 

Outra Analogia: Quando páro à porta do cão que ladra porque estou à porta da sua casa, a única forma do cão deixar de ladrar ou de me tentar atacar, deve-se ao facto de eu o ignorar e continuar o meu caminho

terça-feira, 5 de maio de 2020

Trolhices Culturais

Um dia destes fiz obras em casa. O tecto de um dos compartimentos caiu e por isso, o melhor era pedir a um trolha que fizesse o serviço para ser mais rápido, sendo que o serviço ficaria melhor pois têm mais experiencia. Não há dúvida que ficou melhor, mas durante o tempo que cá estiveram, pediram algumas ferramentas para os ajudarem a trabalhar. No fim do serviço, ao arrumarem as coisas, levavam para a carrinha as ferramentas emprestadas e pelo facto de estar a prestar atenção à sua movimentação disse: "Oh amigo, isso ai é meu", e responde-me um deles ( o cabecilha ), "Ah não sabia.. isso é com ele", apontando para o empregado, contratado por ele. 

Estas questões puramente culturais de culpabilizar o outro por tudo o que fazemos ou esquecemos de fazer, é um pouco Cristão. Por isso é que Cristo foi culpabilizado e crucificado ( em nome das más acções que ele não fez ) para que assim a criminalidade pudesse ter sucesso. É natural que este detalhe cultural seja um frenezim sexual do mais alto nível, mas caras pessoas amantes do homem crucificado, se não bastasse culpabilizarem os inocentes por tudo o que eles não fizeram, amando-os depois de mortos, ao beberem o sangue e comerem-lhe o corpo ( salvo não fornicarem o corpo já morto ), diria que o Cristianismo é a arte religiosa mais criminal da história e por isso, mais valia que esse frenezim intelectual fosse puramente sexual, pois pelo menos ao ser produzido via o consentimento, seria um sentimento muito maior do que qualquer lamento, que não soube lamber a virilhas frescas de um suor quente.