Se não é Crime, então ou é Ignorância ou é Despreocupação.
Viva caro leitor e\ou cara leitora. Uma vez mais quero escrever e criticar, com ou sem piedade, sobre questões que continuam a perturbar-me e que sinto necessidade de partilhar uma perspectiva interpretativa, que pode conter lógica ou fantasia, para dar função à comunicação, e que tem base na comparação.
Até parece mentira, mas este artigo é a continuação do artigo anterior.
Coisas da minha vida. Novelas, das coisas tão curriqueiras e tão simples do dia-a-dia de qualquer cidadão. Um dia destes dirigi-me ao banco para activar um serviço do cartão que tenho direito. O Banco pede-me o cartão de cidadão para activar um serviço que tenho por direito e que não foi activo pelo banco, quando me ofereceram um cartão com um serviço associado. O serviço é tão simples quanto a possibilidade de fazer compras online. O meu cartão de cidadão estava caducado e por isso recusaram-se a activar o serviço que supostamente tenho direito. Nem o meu cartão do banco em questão servia como solução de reconhecimento e consideração do cliente que está à sua frente. Senti que o Banco é inútil e que os empregados do Banco mais inúteis eram. Formaram pessoas para limitar as suas funções. De certo que não é uma relação de confiança e como tal só pode ser um mau negócio...
Se não é crime, então ou é ignorância ou é despreocupação.
Entretanto, disseram-me que podia pedir um novo cartão através da internet. Na Internet, encontrei o site: "https://www.autenticacao.gov.pt/". No processo, pediram-me para instalar uma aplicação deles feita em Java, para pedir a renovação do cartão, mas entretanto pedem-me um leitor de cartões para ler o cartão antigo. Os administradores do site sabem da última falha de segurança relativa ao Java? LOG4J Eu não percebo nada, mas uma aplicação tão antiga sem ser actualizada parece-me um "tiro no pé".
Se não é crime, então ou é ignorância ou é despreocupação.
Os leitores de cartões usam a tecnologia RFID. Algumas empresas usam o RFID para ler informação que estão em chips ou códigos de barras, mas também qualquer pessoa pode comprar leitores e\ou dar uso à sua função, que é a de recolher informação que deveria ser privada e que pode ser recolhida a uma distância de até um metro. O problema da informação está sempre na intenção sendo que seja lá qual for a intenção os governos aceitam partilhar sem pensar nos riscos. -> Até parece mentira, mas este artigo é a continuação do artigo anterior.
Se não é crime, então ou é ignorância ou é despreocupação.
Pergunta:
Será que o ignorante também é judicialmente condenado por ter feito algo que não preveu fazer?
Resposta:
Creio que sim. A Justiça não se esforça em educar os princípios da mesma, nem muito menos a educação escolar assim o faz, e mesmo assim, sendo um orgão desligado da sua responsabilidade, por vezes ataca os indefesos, os fracos e\ou os discriminados socialmente. A justiça mais mecânica, isto é, a polícia, é representada por Leões. Há quem acredite que o Leão é o rei da Selva, mas sabemos bem que as feras nem sempre foram justas com os indefesos e a justiça não é uma estrutura baseada em disciplinas humanisticas.
Se não é crime, então ou é ignorância ou é despreocupação.
Gosto de pessoas, gosto de as ouvir e de falar com elas. Por isso, fui até à conservatória e comecei a falar-lhes das questões de segurança, ora tecnológica ora social. Felizmente disse-me que os dados do cartão só poderiam ser entregues a quem eu autorizo. Bom, essa lei é estúpida, pois a função do cartão é dar a informação quando é pedida. ( se o cartão é pedido não pode ser recusado, pois caso seja, a fonte do pedido recusa oferecer o seu serviço ) Estão-nos a tentar enganar? A mulher responde, é o que está escrito na Lei. Perdão.. mas "O Livro é o apontador que mira o Caminho", façam o favor de se abstrairem do livro sempre que olharem para a caminho que não está descrito no livro e usem a vossa capacidade de pensar e julgar para o momento de repousar. A Mulher era super simpática e lá terá entendido o problema.
Imagine-se: Alguém aparece no conservatório e identifica-se como uma entidade judicial, pedindo informações sobre uma pessoa qualquer. ( creio que existem cópias de crachas parecidas ou idênticas às originais, sendo que as verdadeiras são todas parecidas umas com as outras )
O empregado vai conferir que é realmente um agente legal? Como ele pode fazer isso? Será que o agente ficará ofendido no processo de identificação como forma de confirmar a sua função? Isto são sempre procedimento relativos à questão da segurança na comunicação do fluxo de informação que é partilhada, ora na Web ora na realidade.
A estrutura informativa de qualquer Lei, pode ser aplicada a qualquer tipo de conhecimento, sendo esta estrutura baseada na discriminação da informação, para ajudar a explicar e a lidar com o assunto que se está a ser estudado. A primeira Lei aponta para o alfabeto, mas caso o analfabeto escreva mal, a Lei aponta para a nossa capacidade de intuir e de pensar. A intuição aparece naturalmente em todas as pessoas que usam a mente e não é necessário estudar a capacidade que cada qual tem de intuir, isto é, associar informação ao que já conhece, para reconhecermos essa capacidade tão comum nas pessoas que usam o cérebro. Sendo que a educação nem sempre ensina a pensar, teremos um problema de ignorância.
Algures no tempo, várias pessoas que foram sensíveis a assuntos do meio ambiente, foram ignoradas pelas empresas e pelos governos. Um cartão de plástico dura 600 anos. Dado que ninguém quer saber se alguém vive até aos 600 anos, sendo que um Chines qualquer viveu até aos 200 anos por passar a vida a masturbar-se sem ejecular, teremos de considerar que o cartão de cidadão só precisaria de ser substituido quando foi perdido. Os deveres legais de substituir a informação do cartão, faz parte da "obrigação" do cidadão. O dever do cidadão resulta no vosso direito e os vossos deveres no direito do cidadão. Mensagem para os organismos públicos: Façam o favor de trocarem a informação que vos compete e deixem de cobrar ao cidadão por tudo aquilo que vos compete fazer na troca de informação. Será que as instituições públicas não confiam umas nas outras?
Se não é crime, então ou é ignorância ou é despreocupação.
A Google vive da informação dos outros. A justiça vive da informação dos outros. Os governos vivem da informação dos outros. A criminalidade vive da informação dos outros e em vez de haver políticas que aplicam privacidade em defesa da comunicação entre o serviço público e o cidadão, as políticas judiciais são aplicadas em defesa do negócio, sendo o mesmo de um cidadão. Até parece uma contradição mas não é. É por isso que já se terá visto agentes da PSP a fazerem um serviço de segurança em supermecados. É estranho, pois os negócios alimentam-se uns aos outros e a PSP é um negócio do estado que supostamente estaria separado da estrutura económica e que estaria a servir o comum que não representa negócio. Afinal, já existem serviços de segurança privada, sendo que os mesmos também devem pedir cada vez mais aptidões sociais do que aptidões físicas, mesmo que as aptidões físicas sejam igualmente importantes, é bom lembrar que é por isso, que as armas não são necessárias.
O conhecimento social e psíquico das pessoas é de tal modo comum que é absurdo usar todas as ferramentas que não pedem aptidões para o seu uso, pois qualquer pessoa sem aptidões tem essa capacidade.
Comentários