Mostrar mensagens com a etiqueta pedagogia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta pedagogia. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Fotografias Estáticas de Momentos Irregulares

Caso esteja em causa a minha privacidade e o meu conforto, sou uma espécie de Fascista pois considero que a casa é mais importante do que o resto do mundo. 

Caso esteja em causa a comunhão e integração social de várias pessoas e\ou grupos, sou uma espécie de Comunista pois considero que todos têm os mesmos direitos e deveres. 

Caso esteja em causa a decisão sobre o que cada qual se deve dedicar, sou uma espécie de Anarquista, pois considero que cada qual saberá.

Caso esteja em causa a decisão juridica de um violador, sou uma espécie de Nazi, pois considero essa pessoa inferior a todas as outras, salvo quando existe uma disfunção psíquica e como tal, condeno o sistema judicial, por permitir a sua liberdade. 

Caso esteja em causa a participação na troca de ideias numa conversa pública, sou uma espécie de Socialista, pois creio que é necessário haver a livre participação de todas as pessoas que estão no grupo. 

Ninguém é uma continuidade regular do ser e por isso é fácil ter demonstrações que contradigam tudo o que considera ser. O ser que se auto-afirma como ter afinidade de uma qualquer perspectiva, estará a tentar objectivar a expressão do Ser, como algo estático, sendo que o lado mais estático da sua expressão do Ser, está na fotografia da irregularidade do tempo. 

As crianças afirmam que são ora estrelas ora austronautas, ora principes e\ou princesas, mas mesmo que fossem tudo que gostariam ser, não poderiam ser essa imagem estática durante o periodo das suas vidas. 

O Anarquista é um Ser com irregularidades do Ser, o Comunista é um ser com irregularidades do Ser, o Fascista é um Ser com irregularidades do Ser e um Socialista também é um Ser com irregularidades do Ser. 

É errado que a humanidade continue a tentar produzir fotografias estáticas do que é irregular, tanto para si próprios como para com os outros. 

Educação Reversa - Técnicas quase Infalíveis

Este texto serve para descrever, como a educação reversa pode ser uma boa técnica de motivação à melhoria comportamental. Em referência às crianças que pensam, pois salvo algumas excepções, todas pensam e por isso todas questionam. Das várias experiências que tive como "pai" temporário em relações amorosas em que a minha parceira já tinha filho e\ou filha, lembro perfeitamente o quão eficaz era a técnica que revertia a inquietação da dúvida da criança para uma certeza quase absoluta. 

" Vou brincar para a rua " dizia ela aos 8 anos de idade. 
Ora a mãe ora eu, por vezes respondiamos da seguinte forma: Não te esqueças de ir para o meio dos carros, tenta apanhar aqueles que andam a grande velocidade e põe uma perna à sua frente para lhes passares uma rasteira. E se fores brincar com uma bola, caso a bola for para debaixo de um carro, atira-te de cabeça. De certeza que o carro irá ficar partido ao meio com essa cabecinha tão dura que tu tens. 

A criança olhava com um ar desconfiado e ria-se, acrescentando, "nada disso, isso querias tu", ao qual respondia: 
A tua mãe é que quer, assim poupava tempo e dinheiro. Mas tenta não fazer isso que te digo, porque o hospital é caro e ouvir-te a chorar faz doer a cabeça. Já agora se alguma pessoa que não conheces te convidar a ires a algum lado, ou te disser que te quer mostrar alguma coisa, aceita sem pensar, eu e a tua mãe iremos ficar super felizes com essa decisão. Será bom, porque assim podemos vender os teus brinquedos favoritos ou oferece-los a outra criança com mais juízo. E se te sentires tentada a roubar alguma coisa, rouba assim passas umas férias lá na esquadra da Polícia. 

No fundo a criança poderia receber uma espécie de sermão que dizia "cuidado com os carros" e\ou até cuidado com os estranhos, mas recebeu a informação de forma irónica e provocatória. Isso fez com que tivesse o cuidado de pensar melhor em tudo o que poderia correr mal. Lá em casa, as coisas horrendas que aconteciam na sociedade, transmitidas na TV eram expressamente públicas, pois não tinhamos desenvolvido nenhum tipo de noção púbica, relativa a qualquer assunto que poderia ser importante para ela. Caso a técnica fosse "cuidado com" a primeira pergunta é "porquê?". Como se sabe, existem tantas razões, que poderiamos passar uma vida a tentar explicar cada uma delas, sendo que algumas seriam indesejaveis de falar-lhe naquela idade. 

Por existir um certo desprezo na importância que ela tem para a mãe, ela entende que é uma provocação porque já questiona. Hoje a miuda já é maior de idade e pelo que entendi, a evolução intelectual dela, está em grande. 

Não criou nenhuma inquietação que a leve a experimentar a realidade para entender o problema associado ao sermão. A técnica contrária, cria quase sempre a necessidade de experimentar a realidade para a entender. É normal, pois até as disciplinas cientificas seguiram o mesmo exemplo. Experimentaram para entender, sendo que algumas criaram coisas horrendas, no processo da descoberta, ora para si ora para os outros.

A mecânica é explicita e directa, sem rodeios e mesmo que oculte informação, a mesma é implicita. 
Desta forma, ela terá as suas dúvidas esclarecidas. Há crianças que não desenvolveram a arte de pensar e nesse caso, esta mecânica não será aconselhavel. Contúdo, o humor serve a crítica como também a educação, sendo que a mensagem e\ou o conteúdo da mesma é declarada de forma a que ela entenda de forma mais clara. 

Se te metesses nas drogas é que era bom! Mas não nos peças dinheiro que nós já quase não temos para a comida. À parte essa questão, com sorte, morres mais depressa! :) 

E na eventualidade de perguntar o que é morrer e\ou a morte, dir-se-à, é adormeceres e nunca mais acordares. 
Pensa nas vantagens: amanhã e o resto da tua vida, não tens de acordar cedo para ir para a escola, as amigas e\ou os amigos não irão aparecer e a luz do sol também nunca mais irá nascer. Não é bom?  

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Não é política, é pedagogia

O problema da sociedade antes de tudo parece estar fincado na política, pois as abordagens com a finalidade de obter resultados positivos, subdivide-se em várias ramificações de acordo com as perspectivas de cada uma.

Como não sou um entendido da matéria, vou fazer uma análise bastante superficial do problema.

Seja o leitor de direita ou de esquerda, ambos concordam com as causas de sustentabilidade básicas, ora na prioridade familiar, ora a educação, ora a saúde, ora os direitos do trabalhador, ora os requesitos minimos para cada um viver dignamente, ora a segurança, ora na fuga de problemas económicos, etc...


Com tanto em comum, pergunta-se: Mas porque é que andam sempre à turra quando ambas as vertentes políticas querem o mesmo para si e para os seus?

É quando aparece a pedagogia.

Então vamos lá olhar superficialmente a aplicação pedagógica das famílias que se assumem de diferentes ramificações políticas:

Se o/a filho/a não quer estudar, aplicam a lei da obrigação para estudar.
Se alguém na família não quer trabalhar, aplicam a lei da discriminação social e caso essa vontade predure, deixam até de ajudar essa pessoa caso tenha necessidades económicas.
Se alguém não der importância à família, consideram essa pessoa "fora do baralho"
Se algum familiar não tem direito a algum tratamento ao nível da saúde, reclamam e culpabilizam alguém, ora a política, ora o próprio familiar.
Se alguém não tem os requesitos mínimos para sobreviver, deixam-o à margem e tratam essa pessoa como de "coitada".

No fundo, parece não haver diferença nas várias ramificações políticas quando se fala de pedagogia, por outro lado, cada uma dessas pessoas afirma que é diferente!